Psicotrópicos
Farmacologia
Componentes
Claudênia
Felipe Siqueira
Helena Farias
Jammily Noronha
João Paulo Escórcio
Antidepressivos
Conceito
A Depressão é um transtorno médico epsiquiátrico que dura no mínimo 2semanas e produz uma combinação desintomas físicos e emocionais comprejuízo em múltiplos domínios dofuncionamento da pessoa. As causas dadepressão são inúmeras econtroversas. Acredita-se que agenética, alimentação, stress, estilo devida, separação dos pais, rejeição,drogas, problemas na escola e outrosfatores estão relacionados com osurgimento ou agravamento da doença.
comprimidos.gif
Antidepressivos
Sintomas:
O sintoma básico da depressão costuma ser a perda do prazer nasatividades que previamente agradáveis, juntamente com sentimentos detristeza, de desesperança e pessimismo. 
Este sintoma básico é acompanhado por uma variedade de sintomasfísicos, tais como, alterações do sono, da concentração e da memória,baixa energia e mudanças no apetite.
 
Efeito do antidepressivo:
No início do tratamento, a quantidade de neurotransmissores aumentarapidamente. Os resultados clínicos são mais demorados.
Antidepressivos
Há três classes de fármacos usados nadepressão: inibidores dos transportadoresdas monoaminas (triciclicos), inibidoresseletivos do transportador da serotonina(SSRIs) e inibidores da enzima MAO.
Estes fármacos funcionam aumentandoas concentrações de dopamina,noradrenalina e serotonina entre osneurónios. Deste modo aumenta aexcitação nas vias cerebrais cujosneurónios utilizam estesneurotransmissores, que são aquelasrelacionadas com o bem-estar emocional
antidepressivosq.jpg
antidepressivos.jpg
Antidepressivos
Inibidores seletivos da captação de serotonina (hidroxitriptamina) ou 5-HT
        Inibem a captação de serotonina, promovendo  da [  ] do neurotransmissor na fenda sináptica.(ISCS) Ex:  Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Fluvoxamina, Paroxetina e Sertralina.
Ação
2 semanas mínimo para produzir melhora no humor.
Os antidepressivos chamados de Inibidores Específicos da Recaptação da Serotonina (ISRS)são aqueles que não interferem ou interferem pouco nos demais neurotransmissores além daserotonina (5HT).
Uso terapêutico:
Depressão, distúrbio do pânico, ansiedade generalizada, distúrbio disfórico pré-menstrual ebulemia nervosa. Ao bloquearem receptores 5HT2 os antidepressivos também funcionam comoantienxaqueca. A dose geralmente usada varia entre 20 e 80mg ao dia.
Antidepressivos
Inibidores seletivos da captação de serotonina (hidroxitriptamina) ou 5-HT
Farmacocinética: 
Absorção: V.O
Alimento tem pouca influência na absorção.
Metabolização: hepática c-P450
Distribuição: boa
Meia-vida: 16 a 36 horas
Excreção: renal
Efeito colateral:  
Efeitos gastrointestinais, fraqueza, disfunções sexuais (pode estar comprometido a Motivação e aAspiração sexuais. Esta perda pode refletir um processo orgânico geral ou, muito comumente,uma perda na capacidade de sentir prazer (anedonia)) e distúrbios do sono.
FBArquivos_NO_00000153_00000153_355.jpg
Antidepressivos
Antidepressivos tricíclicos (ATC)
Alternativa valiosa para pacientes que não respondem a ISCS.
Tratamento de depressão grave e distúrbio do pânico.
Usado crianças  6 anos para controlar micção noturna, pois contrai esfíncter interno bexiga.
Aumentam a atividade física, alerta mental, humor e reduzem preocupação mórbida em 70%.
Necessitam 2 semanas para início do efeito e retirada lenta.
Ex: Amitriptilina, Amoxapina, Clomipramina, Desipramina, Doxepina, Imipramina, Maprotilina,Nortriptilina, Protriptilina, Trimipramina. 
Mecanismo de ação: 
Inibe recaptação de serotonina e norepinefrina nos receptores pré-sinápticos,  sua [  ] na fenda;ainda bloqueiam receptores 5-HT, -adrenérgicos, histamínicos e muscarínicos.
Antidepressivos
Antidepressivos tricíclicos (ATC)
Farmacocinética:
Absorção: V.O
Distribuição:  (lipossolúvel) penetra facilmente SNC.
Meia-vida: 4 a 17 horas (Imipramina)
Metabolismo: hepático
Excreção: renal.
Efeitos colaterais: 
Bloqueio muscarínico leva a visão turva, xerostomia (boca seca), retenção urinária, constipação,agravamento do glaucoma e de epilepsia.
Hipotensão ortostática por bloqueio dos receptores -adrenérgicos. (idosos CUIDADO).
Disfunção sexual.
bomba de recaptação inibida
Antidepressivos
Inibidores da monoamina-oxidase: (IMAO)
Indicados para depressivos que não respondem aos ISCS; que são extremamente ansiosos  eque apresentam atividade psicomotora .
Efeito inicia 2 a 4 semanas.
Para estados fóbicos.
Depressão atípica: humor lábil, sensibilidade à rejeição e distúrbios do apetite.
 Ex: Fenelzina e Tranilcipromina
Mecanismo de ação:
 Inibem a MAO  [  ] do neurotransmissor na fenda sináptica que leva a estimulação deserotonina e norepinefrina.
Quando o antidepressivo aumenta os níveis de NE, pode ocorrer superestimulação do SNC, comtaquicardia, disfunção sexual, hipertensão arterial, etc. Vem daí a preferência de alguns autorespelos antidepressivos que aumentam, predominantemente, o nível da serotonina.
 
 
Farmacocinética:
 
Absorção: V.O
Metabolismo: hepático
Excreção: renal.
Antidepressivos
Inibidores da monoamina-oxidase: (IMAO)
Farmacocinética:
Absorção: V.O
Metabolismo: hepático
Excreção: renal.
CUIDADOS:
Reversibilidade da MAO ocorre após semanas de suspensão do tratamento (?).
Cuidado na substituição de antidepressivo – dar intervalo.
Efeitos colaterais:
Graves e imprevisíveis ( limitam uso).
Não associação com Tiramina.
Farmacocinética:
 
Absorção: V.O
Metabolismo: hepático
Excreção: renal.
menor quantidade de neurotransmissores liberados
Antidepressivos
Os tricíclicos são os mais eficazes no tratamento dadepressão profunda; os SSRI são mais seguros mas sósão eficazes em depressão moderada, enquanto osinibidores da monoamina oxidase MAO têm longaduração de ação.
Os fármacos são ineficazes em cerca de 30% dos casosde depressão. Nos estudos clínicos, uma grandepercentagem melhora apenas com incentivo do médicoe placebo (comprimido de açúcar sem açãofarmacológica) administrado como se fosseantidepressor, o que prova que força de vontade,atenção e fé na cura são tão ou mais importantes que osfármacos no tratamento dos deprimidos.
depressão.jpg
Ansiolíticos
Ansiolíticos : os ansiolíticos são fármacos utilizados no combate aos sintomascausados pela ansiedade. Os efeitos hipnóticos envolvem uma depressão maisprofunda do sistema nervoso central (SNC) do que a sedação, o que pode serobtido com a maioria dos medicamentos sedativos, aumentando-se simplesmentea dose. A depressão gradativa dose-dependente da função do SNC constitui umacaracterística dos agentes sedativos-hipnóticos, na seguinte ordem: sedação,hipnose, anestesia, efeitos sobre a respiração/função cardiovascular e coma. Cadamedicamento difere na relação entre a dose e o grau de depressão do SNC. AAssociação Americana De Psiquiatria, em 1987, reformulou os quadros clínicos daansiedade da seguinte forma:
Reação de ajustamento com humor ancioso;
Transtorno de pânico;
Transtorno de pânico com agorafobia;
Agorafobia sem ataques de pânico;
Ansiolíticos
Classificação dos fármacos
Os fármacos disponíveis no arsenal terapêutico contra a ansiedade podem ser classificadosem:
Benzodiazepínicos;
Agonistas do receptor 5HT da serotonina;
Barbituricos;
Antagonistas beta-adrenégicos;
GABA e derivados;
Diversos;
Propriedades Farmacológicas
Os protótipos desta classe são o diazepam e o clordiazepóxido. Seus efeitos principaisresultam de ações sobre o sistema nervoso central.
Alguns efeitos por eles produzidos parecem advir de ações periféricas;
Ansiolíticos
Farmacocinética
A utilidade desses fármacos está intimamente relacionadacom a farmacocinética e propriedades físico-químicas.Emsua maioria, os benzodiazepínicos são completamenteabsorvidos sem antes sofrer biotranformação.
Os benzodiazepínicos, em sua maioria, bem como os seusmetabólitos, possuem alta afinidade de ligação e proteínas(85-90%).
Os benzodiazepínicos, aparentemente, não induzem, deforma significativa, a síntese de enzimas microssômicashepáticas. Por outro lado a cimetidina e os anticoncepcionaisorais inibem a N-desalquilação e a 3 - hidroxilação dosbenzodiazepínicos. Obs. o habito crônico de fumar diminui aeficácia dos benzodiazepínicos administrados por via oral.
O uso de álcool prejudica a biotranformação, principalmentedo diazepam e clordiazepóxido.
ansioliticos.jpg
Ansiolíticos
Mecanismo de ação
Grande parte das ações os benzodiazepínicos, se não todas, parece resultar da suacapacidade de potencializar a ação inibidora neuronal que é medida pelo ácido gama-aminobutirico. (GABA).
Estima-se que 30 a 40 % de todas as sinapses de mamíferos sejam mediadas pelo GABA.Ele está presente em todas as áreas centrais, normalmente em substancia negra, glóbulopálido e hipotálamo. Seu conteúdo em outros órgãos é praticamente nulo.
A ação inibidora do GABA é feita mediante sua interação com o respectivo receptor.
O complexo formado entre o GABA e o seu receptor (GABA- R) abre o canal de cloreto,aumentando sua condução intracelular afetando a membrana do neurônio, despolarizando-a.
A alta potencia e a afinidade dos benzodiazepínicos, aliadas as relações estrutura-atividadebiológica, indicam que possuem receptores específicos para produzirem seu efeito, sendoobvio que estes estão intimamente relacionados com os neurônios produtores de GABA.
Ansiolíticos
Usos terapêuticos
São considerados fármacos de escolha notratamento das ansiedades, bem comohipnóticos e sedativos. São relativamenteseguros em relação aos outros fármacosdisponíveis e mais eficazes. A escolha dosdiferentes benzodiazepínicos deve ser feita apóso diagnostico da disfunção, bem como após aavaliação  das condições físicas e idade dopaciente.
Durante seu emprego o paciente deve seralertado quanto aos efeitos colaterais, queincluem principalmente a sedação e acoordenação motora.
Transtornos+Alimentares+Anorexia+Psicofármacos+Pilulas+Antidepressivos+Ansiolíticos.bmp
Ansiolíticos
Efeitos colaterais,precauções, tolerância e toxidade.
O efeito colateral mais comum quando é alcançada a concentração plasmática adequada, é asedação, que variável, dependendo do paciente. Ocorrem também lassidão, incoodenaçãomotora, diminuição da rapidez de raciocínio, ataxia, redução das funções físicas e mentais,confusão, disartria, secura de boca e gosto amargo.  A atividade mental é menos afetada doque a física; pode ocorrer também aumento de peso. A interação com o álcool deve serlevada em consideração, podendo ser extremamente grave.
Alguns pacientes em uso de benzodiazepínicos podem exibir comportamento bizarro,hostilidade e agressividade. Podem ocorrer paranóia, depressão e tendência ao suicídio.
Embora a intoxicação amiúde não cause problemas circulatórios e respiratórios profundos,doses terapêuticas podem comprometer a respiração de pacientes com doença pulmonarobstrutiva.
Ansiolíticos
Abuso e dependência
Os casos de abuso e dependência correlacionadoscom o uso de tanto terapêutico quanto irracionalestão aumentando nos últimos anos. A dependênciapode aparecer tanto com uso de doses terapêuticaspor tempo prolongado quanto por doses maiselevadas.
Os sintomas relacionados com a abstinênciaincluem: ansiedade, agitação, irritabilidade, insônia,cefaléia, tremores, tontura, anorexia, náusea,vômitos, diarréia, fraqueza, fotofobia,despersonalização, e depressão.
Os pacientes epilépticos que utilizambenzodiazepínicos devem ser avaliados de formarigorosa e continua principalmente se utilizaremoutros depressores em paralelo.
ansiedade.gif
Ansiolíticos
Antagonistas Benzodiazepínicos
 O primeiro elemento desta classe resultou da pesquisa de substancias com alta afinidade eespecificidade pelo receptor benzodiazepínico. O intuito inicial era isolar e caracterizar talentidade. Este derivado, mais tarde derivado flumazenil, mostrou a possuir propriedadesantagonistas bastante acentuadas.
Agonistas parciais do receptor 5HT da serotonina
São consideradas como a segunda geração de ansiolíticos. O primeiro membro desta classeé a buspirona. Foi sintetizada em 1972, por Wuet ET AL. Sua ação ansiolítica foi descobertapor Goldberg e Finnerty em 1979.
Propriedades farmacológicas
A buspirona apresenta propriedades ansiolíticas comparadas as do diazepam. Em dosesterapêuticas porem não causa sedação nem relaxamento muscular.
Ansiolíticos
Farmacocinética
Quando administrada por via oral a absorção é rápida e completa. Por via intravenosa, atingerapidamente o cérebro. O pico máximo é atingido após 60-90 minutos da administração. Ébiotransformada através da hidroxilação e ruptura da cadeia pirimidilpiperazínica, dando a 5-hidroxibuspirona e glicorunídio e a 1-(2- pirimidinil)-piperazina, que possui 20% da atividadeda buspirona.
Não possui antídoto especifico. Em caso de intoxicação, cujos sintomas são náuseas, vomito,tontura, sonolência, sonolência, miose e distúrbios gástricos os procedimentos recomendadossão lavagem gástrica e tratamento sintomático.
Barbitúricos
Há algum tempo eram fármacos amplamente utilizados como hipnóticos e sedativos etambém com ansiolíticos. Sua administração causa problemas graves.
Quando usadas de maneiras inadequadas podem ser fatais. Muitos suicídios foramcometidos com o seu uso. Suas principais indicações na atualidade, são como anestésicosgerais e anticonvulsivantes.
Ansiolíticos
Antagonistas beta-adrenérgicos
Há 25 anos estudos controlados comprovaram a eficácia dos beta bloqueadores comoansiolíticos.
Podem ser considerados como auxiliares no tratamento de ansiedade de modo geral e emestresse agudo.
Obs. Atualmente muitos especialistas indicam os betabloqueadores como fármacos principaisno tratamento de diversos tipos de ansiedade por não possuírem o risco da dependência.
Diversos
Vários fármacos que atua no SNC foram empregados como ansiolíticos e hoje sãoconsiderados obsoletos. Entre esses a classe dos carbamatos de propamadiol, cujo protótipoé meprobamato. Ainda podem ser citados fármacos não-barbituricos, mas como açãosemelhantecomo a clormezanona.
ALPRAZOLAM, BROMAZEPAM, CLOBAZAM, DIAZEPAM, LORAZEPAM, FLUMAZENIL edentre outros fármacos.
Referências
BEZCHLIBNIK-BUTLER, K.Z. & JEFFRIES, J.J. Clinicalhandbook of psychotropic drugs. 9th ed. Toronto (Canada):Hogrefe & Huber Publishers; 1999.
Michelson D, Fava M, Amsterdam J, Apter J, Londborg P,Tamura R, et al. Interruption of selective serotonin reuptake.Double-blind, placebo-controlled trial. Brit J Psychiatry 2000
Schatzberg AF, Haddad P, Kaplan EM, Lejoyeux M, RosenbaumJF, Young AH, Zaje et al. Serotonin reuptake inhibitordiscontinuation syndrome: a hypothetical definition. J ClinPsychiatry 1997