Às vezes pensamos que estamossozinhos no mundo.
Não a solidão de não ter pessoasà volta, mas a de se sentir sónas dores.
Quando sofremos, nos isolamos,como se isso fosse nos protegerpara que o sofrimento diminuaou pelo menos não aumente.
E como uma concha, guardamosem nós o que nos fez mal.
E, tal qual um imenso mar,o mundo vai se enchendo deconchas fechadas, sentindo-sesós e únicas, cada qual do ladoda outra.