Tempo (s)
0
7
14
22
31
43
58
77
C(mgO2/L)
0
1,54
2,31
3,08
3,85
4,62
5,39
6,16
Os dados da tabela abaixo foram obtidos durante aplicação dométodo de determinação do kLpor medida da concentração deO2 no meio isento de células. Calcule kLsabendo que, nestecaso, concentração de saturação era igual 7,7 mgO2/L.
Os dados seguir se referem ao procedimento de determinaçãodo coeficiente volumétrico de transferência de oxigênio numsistema de cultivo em frasco agitado. Calcule Kv kLa.
Vmeio 50 mL; 33,4 mgO2/L.atm;
C(Na2SO3) t 2,288x10-3 mol/L; C(Na2SO3) t+5min 0,851x10-3 mol/L
Num sistema em que se deseja empregar um valor fixode kLpara todo cultivo, sabe-se que concentraçãocelular máxima é de 5,0 g/L. Neste momento, omicrorganismo apresenta uma velocidade específica decrescimento igual 0,32 h-1Calcule valor de kLserempregado, considerando que concentração deoxigênio dissolvido não pode ser inferior 0,76 mgO2/L.Dados: YO=1,0 gcel/gO2pg=0,2 atm; mO=0,1 gO2/gcel.h.
Respiração microbiana
Abordagem envolvendo o consumo (ou demanda)de oxigênio
Inicialmente define-se a velocidade específica derespiração (QO2):
valor de QO2para um dado microrganismo,pode ser relacionado com concentração deoxigênio dissolvido no meio líquido (C), deacordo com uma equação do tipo MONOD:
Representação esquemática da variação de QO2 emfunção de Csegundo equação de Monod.
Valores para células crescendo isoladamente. Para célulasque crescem em forma de grumos ou pelletsos valorespodem ser da ordem de 30 50% da saturação.
Além da concentração de OD, outros fatores interferemna velocidade de respiração.
Dependendo das condições do meio, as células crescemem baixas velocidades ou em altas velocidades, e,consequentemente, apresentarão  baixas ou altasvelocidades de respiração.
Assim, conclui-se que existe uma relação entre avelocidade específica de crescimento velocidadeespecífica de respiração:
Exemplos* de valores de mO e YO:
2 mmolO2/gcel.h e 1,55 gcel/gO2
*valores médios para Aspergillus awamori NRRL 3112em diferentes condições de transferência deoxigênio
Análise conjunta da transferência e doconsumo de oxigênio
fornecimento de O2pelo sistema de transferência econsumo, pelas células, permite realizar balanço deoxigênio no meio líquido, chegando-se ao seguinteequacionamento:
Lembrar que QO2 varia com µ X varia com tempo.
sistema de transferência de oxigênio deverá serdimensionado de forma atender à máxima demandaparase manter condição de não limitação de oxigênio.
Considerando necessidade de se atender à demandamáxima de O2 de não permitir concentrações de O2abaixo de Ccrit.existem duas formas de se operar umprocesso fermentativo, em relação ao fornecimento deoxigênio:
(1)manter uma concentração de oxigênio constante
(2) manter uma transferência de oxigênio constante
Ilustração de duas possíveis formas para se projetar um sistemade transferência de O2com C=cte. kLvariável com kLa=cte. evariável, com mínimo fixado em 0,2.CS.
Concentração constante (1): necessita investimento emsistema de controle proporciona economia de energia
Transferência constante (2): menos investimento emcontrole maior gasto de energia.
Obs.: kLdificilmente apresenta valores constantes aolongo de uma fermentação.
Tais fatos demonstram necessidade de se determinarkLa QO2 durante processo fermentativo, de modose dimensionar corretamente sistema detransferência de oxigênio.
Determinação de  kLa  e  QO2  durante o processofermentativo
A. Método dinâmico
1. Cessa-se aeração num dado instante da fermentação (t0),correspondente uma concentração de OD C0
(pode-se diminuir também agitação, porém, com cuidado)
2.Quando se atingir um certo valor C01 (maior que Ccrit.(instantet1), retoma-se aeração agitação iniciais, registrando-se oaumento da concentração de OD até seu retorno C0
3. Assim,  no trecho sem aeração tem-se equação:
Que, integrada,fornece:
Equação de uma reta cujocoeficiente angular é igual –QO2X.
Assim, obtém-se  QO2
Com valor de QO2é possível calcular kLa de duas formasdistintas:
1Considerar que concentração de OD varia lentamente durante oprocesso que ao final da aplicação do método esta retorna C0
2Empregar os dados do trecho ascendente da concentração de OD,em que vale equação:
Que, integrada,fornece:
Equação de uma reta cujocoeficiente angular é igual – kLa.
Assim, obtém-se  kLa
B. Método do balanço gasoso
Envolve monitoramento preciso das vazões de entrada saída degases no reator, dos seus teores de O2
1balanço material para oxigênio no gás fornece:
2balanço material para oxigênio no líquido fornece:
3Combinando as duas equações chega-se a:
R = constante universal dos gases (m3.atm/mol.K)
V = volume de líquido no reator (m3)
4Com valor de QO2obtém-se kLa como no método dinâmico.
Obs.: Para reatores de pequeno porte, em que se pode considerariguais as vazões de entrada saída dos gases, assim como suaspressões temperaturas de entrada saída, pode-se calcular oQO2X, alternativamente, pela expressão:
método do balanço gasoso é mais conveniente, umavez que é não invasivo, ou seja, não interfere noprocesso. Além disso, analisa-se reator como um todo,não em apenas um ponto.
Exercício
suprimento de ar para um fermentador foiinterrompido por um curto período de tempo emseguida restabelecido. Um valor de CS de 7,3 mg/L foideterminado para as condições do processo. Usando osdados de medida de OD da tabela, calcule velocidadede consumo de oxigênio valor de kLdeste sistema.